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12 de janeiro de 2015

Entrevista com Francélia Pereira - Série Habitantes do Cosmos




Começamos essa semana com uma entrevista com Francélia Pereira, autora da série Habitantes do Cosmos. O segundo livro da série, Artemísia, já está disponível para pré-venda no site da Editora Buriti. Francélia é uma jovem estudante de Letras de 37 anos, nascida e criada em Belo Horizonte.

Tive a honra de bater um papo com ela sobre como foi a publicação bem como a literatura surgiu na sua vida. Confira como foi nossa conversa agora:



Como e quando começou a ser uma leitora, consumidora de literatura?

Desde a infância. Quando eu era criança, já com uns sete anos, a Escola em que eu

estudava, que era Estadual, já tinha um programa de incentivo a leitura, que funcionava.

Lembro que fiquei super feliz quando fiz minha primeira carteirinha na biblioteca da

Escola, e eu adorava ficar lá escolhendo os livros que ia levar pra casa.

Quando começou a sua vida como escritora? O que escrevia?

Bem, se você perguntar para os meus amigos da adolescência, vão dizer que sempre

escrevi; pois nessa fase já me arriscava nos poemas de “amor”, rs. Mas foi uma fase

mais amadora. Considero que comecei mesmo ao final de 2011; meus poemas já

estavam mais elaborados, e depois vieram os contos. Meu primeiro romance foi escrito

no início de 2014.

Há escritores ou pessoas com ligação à literatura na sua família de forma que
possam ter influenciado isso na sua vida?

Não que seja do meu conhecimento. Sou de uma família muito simples. Eu é que tenho

influenciado minhas sobrinhas pequenas, que sempre me pedem para ler ou contar

histórias para elas. Já me “exigiram” até que eu criasse um livro em que elas fossem as

personagens principais... rs.

Quais seus gêneros preferidos e influências literárias? 

Gosto muito dos textos antigos, quanto mais antigos melhor. Adoro pegar um livro em

que o “cheiro” do tempo esteja impregnado; aqueles com páginas beeeem amarelas.

Gosto muito dos gregos, principalmente Homero e Hesíodo; mas também gosto dos

latinos, como Ovídio.

Citando outros autores, sou fã do trabalho do Franz Kafka, amo as obras do Aldous

Huxley – amo muito mesmo... rs – , Paulo Leminsky, Clarice Lispector, Alan Moore,

Daniel Munduruku, Kaká Werá Jecupé, Hermes Leal... A lista é bem grande, mas

acredito que já da pra ter uma ideia do tipo de leitura que me prende, né!

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Minha obra predileta... Na verdade são duas.  A terra dos mil povos, do Kaká Werá; e A

Ilha, de Aldous Huxley.

Além da literatura, tem apreço por outro tipo de arte?

Todo tipo de arte me interessa. Acredito que todo artista “bebe” da mesma fonte; o que

muda é a forma como cada um expressa isso. Desde que seja de fato um trabalho

artístico, não discrimino nenhuma forma de expressão, todos são válidos e tem o mesmo

impacto, que é ser compreendido pela “alma”.

Como foi a busca pela chance de publicação?

No caso do Artemísia, foi bem tranquilo. Essa obra é especial pra mim. Comecei

postando em um blog, umas três vezes por semana; e quando comecei, a história não

estava completa. Quando percebi que havia leitores que estavam acompanhando o

desenrolar das aventuras da personagem, comecei a ter receio de não conseguir concluir

a história. Mas foi como “psicografar”, rs. A história foi acontecendo sozinha, e não foi

difícil concluí-la.

Durante esse processo, uns amigos começaram a me incentivar a publicar a obra,

mesmo que de forma independente; foi quando um grande amigo me indicou o site

Clube de Autores, que eu já havia conhecido há uns anos atrás, mas na época não tinha

nada para publicar, então havia me esquecido totalmente dele.

O livro ficou por lá pouco tempo, e alguns exemplares foram vendidos, mas logo tive

que retirar a obra, pois a Editora Buriti havia demonstrado interesse em publicá-la.

Como foi a publicação?

O processo todo foi bem amigável e bem tranquilo. Tudo fluiu de forma natural. Agora

o livro já está na pré-venda no site da Editora.

Você teve apoio de amigos e familiares? 

Com certeza. Sem minha família eu não teria esse tempo que tive para me dedicar aos

estudos e à produção dos livros. E meus amigos são maravilhosos, sempre me

incentivando e dando bastante apoio.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Acompanho sim. Principalmente depois que criei perfil nas redes Widbook e Wattpad;

sempre dou uma olhada nos trabalhos dos colegas, rs. E tem muitos trabalhos bons

nessas redes.

Qual mensagem ou dica você tem para novos autores que sonham em publicar seu
livro?

Minha dica é; se você tem um trabalho e acredita nele, nunca desista, se o seu trabalho

for sincero, com certeza ele será reconhecido, mesmo que demore um pouco. E nunca

pense que a falta de dinheiro possa impedir um bom trabalho de chegar a seus leitores;

se você tem uma mensagem que precisa ser ouvida, com certeza ela será.

Que livro de um novo autor você indicaria?

Minha indicação é um poeta, bem ao estilo Leminsk; o livro é Sumo de Ranço, o autor

é Fred Caju. Segue uma amostra:

ANTES MEMÓRIA QUE MATÉRIA

É dos teus olhos pra dentro

que sinto meu alumbramento.

São tantas marcas de tempo

em teu corpo envelhecendo.

Tua carne cada vez menos,

mas internamente incêndio.

Teu charme é mais intenso

sem a matéria que lembro.

O que tens em pensamento

é o encanto ao qual me rendo.


Espero realmente que todos tenham gostado não só de conhecer um pouco mais sobre essa nova autora bem como sua própria obra. Em breve teremos ainda mais entrevistas com o objetivo de divulgar e disseminar ainda mais a arte através da literatura.


Pré-venda de Habitantes do Cosmos: Artemísia

http://editoraburiti.com.br/habitantes-do-cosmos-artemisia/


Contatos da autora:

Wattpad:

http://www.wattpad.com/user/FrancliaPereira

Widbook:

http://www.widbook.com/profile/francelia-pereira-1375

Facebook:

https://www.facebook.com/franceliapereiraescritora

Blog:

https://franceliapereira.wordpress.com/

Habitantes do Cosmos:

https://www.facebook.com/pages/Habitantes-do-Cosmos/889743467702960?fref=ts

Habitantes do Cosmos: Artemísia

https://www.facebook.com/habitantesdocosmosartemisia?pnref=story

7 de janeiro de 2015

Coisas de uma infância já esquecida

Juquinha tinha acabado de completar os seus dez anos de idade há pouco mais de uma semana e sua curiosidade sobre tudo já alcançava os níveis da de um adolescente refém dos desejos do mundo. Perguntava sobre tudo, sobre o que via na televisão, sobre o que ouvia por aí, queria saber sobre o passado, como as coisas haviam chegado a ser como são e também o que podem vir a ser no futuro.

Quando jogando vídeo game na casa de seu melhor amigo, Renan, cuja mãe é uma professora de história, foi acometido pela sensação das infinitas possibilidades que aguardavam no futuro. A mãe de seu amigo sempre preparava um ótimo lanche para eles no fim da tarde, era a única coisa que poderia fazer para tirar os dois da frente daquele jogo.

Juquinha jamais esqueceria daquela sensação, um mundo inteiro bem na sua frente, sem fronteiras. Sempre se concentra bastante quando a mãe de Renan começa a contar as mais aventuradas e divertidas histórias. Dessa vez havia sido a de um jovem rapaz de apenas 14 anos que se tornou imperador, Pedro II, havia gravado bem o nome. Segundo o que contara a mãe de seu amigo, a maioridade do jovem rapaz fora antecipada na tentativa de combater de forma mais rápida e eficaz uma crise que tomava conta do Império.

Juquinha ficou recontando a história em sua cabeça em todo o caminho de volta para casa. Quando entrou na sala não esperou muito e já foi logo de encontro ao seu pai — Um senhor por volta dos seus cinquenta anos, já cansado do marasmo diário: levantar, tomar banho, contar o dinheiro da passagem, trabalhar, voltar para casa e recomeçar tudo de novo no dia seguinte.

— Pai, a mãe do Renan, falou que Dom Pedro II virou imperador com 14 anos, então quer dizer que com 14 anos eu posso ser o que eu quiser?

— Você quer ser imperador Juca? — Perguntara o pai enquanto passava os canais da televisão aleatoriamente, era como se não mudasse o canal, a programação era a mesma.

— Claro que não, né pai! Eu sei que não existem mais imperadores hoje em dia mas eu posso ser outra coisa, alguém muito importante, certo? — Perguntara com o que restava-lhe de inocência.

Noticiário vai e vem e nada muda, o pai de Juquinha arfando desliga a televisão e responde ao filho:

— Aqui meu filho, com 14 anos você pode fazer o que quiser.



- Willian Carvalho

Paradoxo Literário Nacional

A internet se tornou um excelente meio social, de forma que hoje em dia cada vez mais pessoas conhecem outras pessoas na rede. Tudo acontece de forma bem democrática nesse contato virtual. Além das já conhecidas redes sociais existem também as famosas salas de bate papo, estas divididas por temas.

Há realmente de tudo: idades, Estados, países, gostos musicais, gostos literários e claro que não é possível esquecer dos gostos de sexo. A internet se tornou tão presente que o sexo virtual não é nem mais considerado um fetiche ou alguma fantasia e tem uma categoria sua, completamente isenta das outras.

Em um desses dias em que mesmo tendo o que se fazer acabamos por querer falar com alguém diferente, conhecer alguém novo acabei acessando uma sala de bate papo para supostos amantes da literatura.

Logo, acabei iniciando um papo com uma moça cuja auto alcunha de Jane Austen chamara-me a atenção, apesar de eu não ser um leitor das obras da autora original. Enfim, passadas as apresentações iniciais que nunca mudam como “Oi, tudo bem? De que Estado você é?” finalmente começamos a realmente a falar sobre literatura.

— Ah... eu leio um pouco de tudo. Adoro romances, de fantasia fantástica, passando por ficção científica até uma bela e linda história de amor. — Me dissera inferindo bastante versatilidade quanto ao que eu estava pensando sobre ela.

— Muito legal, eu também gosto de ler um pouco de tudo, cada tema e gênero têm suas particularidades mas ambos podem transmitir uma ótima mensagem de forma eficiente e igualitária. — Respondi tentando ser condizente com a situação.

Quando perguntada sobre os títulos que mais gostou ela respondeu:

— Dos clássicos, gosto muito dos livros da Austen, como pode imaginar pelo meu nick rsrs. Também gosto muito de fantasia como Harry Potter, Senhor dos Anéis, Crônicas do Gelo e Fogo. E tenho lido alguns autores novos que aparecem por aí tipo o Green.

Não sei dizer o que senti quando não vi nem sequer um título nacional em sua breve lista de queridos livros. Minha curiosidade não se aguentou e acabou questionando sobre tal ausência da literatura canarinha.

— Ah! Os autores nacionais são muito chatos, tão cheios de regras, falam tudo de maneira tão complexa e formal. As histórias são muito bobas e inocentes, já não gostava delas desde a época da escola. — Respondeu ela dessa forma direta e incisiva.

Fui tomado por uma outra sensação desagradável. Como é possível alguém não gostar de nada que venha de onde ela mesma vem? Me peguei pensando antes de continuar falando com ela, deixando apenas uma letra solta na barra de mensagens para que ela pensasse que estou escrevendo ainda e não a ignorando.

Concordo em partes que alguns autores nacionais são bem complexos e formais, mas a literatura nacional não morreu no início do século XX, muito pelo contrário foi exatamente nessa época que todo esse formalismo foi quebrado com nomes como Guimarães Rosa, Lima Barreto e a senhorita Lispector, que frequentemente tem suas frases compartilhadas em “tirinhas” pelas mesmas pessoas que falam mal da literatura nacional.

Como já pode imaginar se eu falasse isso, provavelmente ela não me responderia e eu estava bem curioso para saber a cor de seus olhos, se é que me entendem. Logo, acabei mudando de estratégia e pensei em saber mais sobre ela e não exatamente sobre o que ela gosta.

Em uma manobra evasiva quanto ao que tinha acabado de me responder eu mudei o assunto para o que ela faz da vida, se estuda, trabalha ou também se não faz nada. (Haja tempo para Tolkien e Martin).

Ela respondeu:

— Eu sou escritora.



- Willian Carvaho.

23 de setembro de 2014

No Cais do Iguaçú

Entre o amor e o desespero
Ela escolhe a solidão

Corre e pensa,
vai e volta,
chora e ri
Sem sair do lugar

A voz profere o anseio e o medo
Quantos objetivos....
Na foz das linhas vermelhas que colorem o sorriso


Tamanha indecisão !

Vai e volta,
conta as horas,
sempre à espera

A espera desesperada de conseguir,
De alcançar, chegar antes, voltar cedo
E pensar no que ainda está por vir
Sem concluir oque já se passou

Tamanha insegurança !

As madeixas quando lisas confundem a origem

Quem tu és ? de onde vens ?

Só sei que no cais do Iguaçú
Ela adormece mais um dia
Canta e chora,
desabrocha como em poesia
E renasce mais uma vez


-Willian Carvalho

22 de setembro de 2014

Quarta-feira de Jazmin


Quando era só um dia e tornou-se "O" dia

O dia em que as cores desbotaram
E nunca houve um preto e branco tão cheio de vida

Ao falar em sinceridade, digo que nunca gostei de teimosia
Mas agora é sua atenção a teima minha

Intensa e delicada fragrância como sugeria o próprio nome


Quisera poder explicar !

As linhas da geometria esculpidas divinamente na imagem

Quisera decifrar !

O mistério por trás dos olhos
que junto aos finos lábios levam ao longe
Todo pensamento que é brecha para o desejo

Quarta-feira foi de Jazmin...

Da leve e delicada flor
Da coragem, sensualidade e beleza da princesa
Que também é guerreira na vida
Ao cuidar de outra vida por si mesma

Quisera dar-lhe um jardim
Seu recanto e moradia

Onde um mundo então se criaria

O mundo de Jazmin...

9 de agosto de 2014

O Descobrimento de Brasílio

Brasílio vestia cores, embalava ritmos, encenava suas crenças diante do fogo tendo a lua como espectadora. Sua alegria demasiava a inocência, estampada no corpo nu. Pobre Brasílio, não sabia que tal inocência custaria-lhe o pensar, a liberdade e tudo aquilo que achava que deveria crer.

Certo dia um nobre homem vindo de terras distantes, além do horizonte, vencendo o medo das criaturas habitantes de águas tempestuosas, veio ao encontro de Brasílio. Surpresa para ambos os lados que incompreendiam um ao outro.

De um lado toda a riqueza e classe lisboeta pesando em tecidos sobre o corpo, e de outro, as cores de Brasílio. A diferença foi justamente a inocência de Brasílio, que encantado com os objetos reluzentes do nobre homem e seus companheiros, ofereceu tudo, além até do que esperava.

Quando menos se imaginava, Brasílio já havia trocado mais do que bens materiais que viriam enriquecer ainda mais o nobre homem. Havia perdido cegamente sua liberdade de crença, vestimenta e consequentemente aquela alegria que iluminava todas as noites.

Brasílio foi manipulado, enganado, caçado, aprisionado, chicoteado. Durante o tempo passado preso e submisso, Brasílio fez novos companheiros, também vindos de locais distantes. Um dos companheiros, que compartilhava a dor ao lado de Brasílio, tinha a pele escura e contava de sua terra, onde suas tradições também continham riqueza em expressões corporais como as da terra de Brasílio.

Junto a todos os outros companheiros, Brasílio ouviu com atenção todas as histórias e mudou a si mesmo em imagem e som. Colhendo um pouco de cada uma delas, vindas dos mais variados locais. Infelizmente, essa mistura ocasionou ainda mais tormento, pois os anjos do bem que o nobre homem acreditava, julgavam toda crença diferente da deles como inimiga e passível de contenção e proibição.

A fé custou muito sangue a Brasílio. A fé do nobre homem tirou muito sangue de Brasílio. Enquanto questionava o porquê de não poder acreditar no que quisesse, o nobre homem  e sua crença compartilhada por tantos em todo o mundo, afirmava que aquilo tudo era maligno.

Muito tempo se passou, e Brasílio junto a muitos outros lutou, e enfrentou fortemente o nobre homem e suas tropas. Chegou o tempo em que essa opressão terminou, e a tão desejada liberdade fora alcançada, ainda que sua prática necessitasse de mais tempo para ser realidade.

Hoje Brasílio, veste muitas cores, como fazia antes. Entretanto, além das cores originais de sua própria terra, Brasílio acrescentou também todas as outras cores e sons provenientes das histórias sobre as terras de seus companheiros de dor e medo.

Infelizmente Brasílio possui traumas dos tempos passados, tempos de pavor, agonia e submissão. O impacto causado à alma de Brasílio foi tão profundo que o confunde a mente, e como por ironia da vida, encontrou um grande dilema entre o desejo de ser livre e o peso da submissão.

Esse dilema atormenta Brasílio diariamente, onde muitas vezes o peso da submissão esconde o desejo de ser livre para pensar por si mesmo, crescer e aceitar sua própria beleza original do mundo todo.

Logo, Brasílio encanta-se demais com oque vêm de fora ou não atribui o devido valor a si próprio. Seu verde antes tomado e derrubado, hoje é alugado quando não vendido as intenções de outros nobres homens.

Brasílio... tão cheio de vida, cheio de cores e sons, tão rico em essência porém com uma inocência que quebra as barreiras do bom senso e do auto-valor, pondo em risco sua própria existência que se perde diante de tanta falta de atitude.

Limitando sua própria mentalidade, criando rédeas para si mesmo e evitando questionar como fizera em tempos passados, Brasílio faz de sua própria vida a reprise de uma história antiga, contada e deturpada pelos livros.

A história de seu descobrimento.

1 de agosto de 2014

Ironia do Conhecimento


Se um dia todas as ideias
coincidirem na razão

Há de inexistir a experiência de discordar
E por fim o exercício do pensar há de se perder em tédio

Afinal conhecimento está presente e disponível para todos
Porém, como que ironicamente, a ignorância é justamente
oque torna o ato de aprender e imergir em conhecimento
tão incomparável em valor e sabor.

-Willian Carvalho

12 de julho de 2014

Projeções Ortográficas, Diedro e Vistas

Um objeto pode ser representado através de Perspectiva e de Vistas Ortográficas. A diferença entre elas é que a Perspectiva representa o objeto da forma que o observador o vê, e as Vistas Ortográficas representa o objeto como ele realmente é, respeitando todas as suas medidas em planos ortogonais.

- Perspectiva : 



Fonte: http://dc417.4shared.com/


Todos os objetos ao lado estão em Perspectiva, e a partir dela podemos criar as Vistas Ortográficas seguindo algumas regras que serão apresentadas a seguir.








- Vistas Ortográficas :





As vistas ortográficas são representações ortogonais do objeto em diferentes planos de projeções. Os planos são :


- Vertical

- Horizontal

- Lateral





O plano vertical diz respeito as vistas frontal e laterais. O plano horizontal diz respeito a vista superior.
Analisemos a figura :

Vista Frontal                                                    Vista Superior                                                               Vista Lateral Esquerda                                       

A partir da figura acima é possível compreender que cada vista ortográfica se dá de acordo com determinados pontos de vistas do observador.

Essas não são as únicas projeções ortográficas existentes porém são as mais usadas, e em alguns casos não haverá necessidade de usar todas elas.


Como decidir a orientação das vistas 

A orientação das vistas, no Brasil, segue as regras do 1º Diedro, ou seja, vista frontal no centro, vista superior abaixo da frontal e as vistas laterais ao lado da vista frontal, como mostra a figura abaixo :




I = Inferior
Ld = Lateral Direita
F = Frontal
S = Superior
LE = Lateral Esquerda
P = Posterior



Por qual vista começar e como escolhê-las 

Ao fazer um desenho seguindo essas regras, escolha como vista frontal aquela que forneça o maior número de detalhes do objeto e a partir dela faça todas as outras vistas em suas respectivas posições. Sendo assim :


Perceba que a vista frontal mostra as faces A, B e C.

A vista lateral mostra as faces F e G.

A vista superior mostra as faces A, D e E.


Linhas Auxiliares

As linhas auxiliares servem para que o desenhista não perca tempo tentando encontrar determinados pontos numa vista, pois os mesmos podem ser traçados a partir da vista frontal. Exemplo :

Fonte: http://www.geocities.ws/

Perceba que a partir da vista frontal foram traçadas linhas auxiliares (vermelhas) que indicam os limites do objeto e o local de algum detalhe, nesse caso o degrau. Dessa forma, nessa peça, não haveria necessidade de saber a distância em que começa o degrau na vista lateral esquerda pois a partir da linha auxiliar já se encontra a localização do mesmo.



Na arquitetura, os planos verticais ( vistas frontal e laterais) são chamados fachadas e também de elevação.
Já o o plano horizontal ( vista superior ) é chamado planta ( baixa, cobertura etc ).
As linhas contínuas são usadas para detalhes visíveis e as tracejadas para detalhes não visíveis.

Vejamos agora uma aplicação de tudo isso num desenho arquitetônico.

Fonte: http://dc383.4shared.com/







Perceba que as linhas auxiliares fornecem exatamente o ponto em questão em cada vista específica.









Exercícios

Pratique com os objetos da figura abaixo, aplicando as vistas de acordo com o 1º Diedro escolhendo a melhor vista frontal e usando as linhas auxiliares para os limites e detalhes do objeto.

Fonte: http://ciencias-geologia.blogspot.com.br



Qualquer dúvida entre em contato comigo através do meu perfil aqui no blog onde encontrará meus contatos. Agradeço a atenção de todos e espero ter ajudado. Até mais !!







5 de julho de 2014

Por que ?



Quando crianças passamos uma fase em que temos o hábito de perguntar o porque de tudo. Mas com o passar do tempo, maior parte dessas crianças, um dia adolescentes, em seguida adultas param de perguntar o porque das coisas, simplesmente param de questionar.

Passam a aceitar tudo que lhe entregam de bandeja ou se acomodam diante de qualquer desculpa esfarrapada.

Conforme o dia a dia no Brasil fica mais complicado
para a maior parte da população, os jovens que fazem parte da mesma e que deveriam, compôr a presença mais ativa da sociedade simplesmente seguem sem muitos objetivos ou apenas se preocupando com o básico e dando o jeitinho brasileiro para resolver tudo, querendo que sua vida seja como a da novela, e se entretendo com qualquer tipo de entretenimento barato oferecido.

Durante as férias de Copa do Mundo, os mais importantes acontecimentos ou as preocupações mais importantes da sociedade brasileira são deixadas de lado  por parte da mídia, e ninguém se importa, talvez nem note.

A expressão "O gigante acordou" foi dormir e deu luz a "O campeão voltou", aí pergunto, se o Brasil vencer a Copa oque muda efetivamente no Brasil pra massa da sociedade ?
Se não vencer, qual o grande mal ?
Não é possível ganhar todas e tendo um pouco de bom senso dá pra perceber que esse time não convence o suficiente mesmo que ganhe a competição.

Acredite, se a situação está assim há tanto tempo certamente é porque é conveniente para alguém.

Enquanto o comodismo tomar conta, permanecerá da mesma forma. Portanto, torça sim, assista os jogos mas não esqueça das verdadeiras dificuldades do Brasil enquanto nação e não do Brasil enquanto seleção.

Se o algum jogador não joga bem, o problema é exclusivamente dele
e não afeta o resto da sociedade, mas se a educação, economia
saúde, transporte e segurança vão de ruim a muito pior certamente
afeta a todos, inclusive aquele jogador, que mesmo que tenha
condições de viver bem estará sujeito a todas as anomalias sociais
existentes por aí.

Sejamos como crianças e questionemos. Na pior das hipóteses teremos feito nossa parte, e o mínimo incômodo será feito aqueles que convenientemente ditam esse rumo absurdo o qual leva todo mundo junto.



4 de julho de 2014

2 de julho de 2014

Calma





Tenha calma !

A paciência é um absurdo apenas para os desesperados.

A virtude de esperar
Traz o privilégio de receber.

-Willian Carvalho

Amanhecer


















Cinco e meia da manhã
Despertador que toca

No lugar da  lua, o sol
Trazendo consigo uma sensação sem igual
Nos primeiros momentos de cada dia

Nuvens claras, céu azul
E um monte de oportunidades que surgem a frente











Umas despercebidas,
Outras ignoradas
Algumas desejadas
E talvez até muitas infelizmente não conseguidas

Mas nada disso há de impedir o céu de
Compartilhar sua fiel companheira de cada noite conosco

Nem de trocá-la novamente
No nascer de um outro dia.

Para que sigamos mais uma vez
Com ou sem fé
Sem perceber o equilíbrio
Da virtuosa e abstrata beleza
Que diariamente nos guia.

-Willian Carvalho

1 de julho de 2014

Tempo






Tempo, pouco, muito, suficiente
Iminente a certeza de pensar no tempo

-Quanto falta ?
-Há quanto tempo foi ? 

Aliado a memória, intensifica ou reduz
Seu peso, cargas e culpa

Tempo, certo... incerto de quando ou quanto virá

Mas é certo de que há de se pensar em "quando"
E não obstante pensar também em 
"Como" e "onde"

O tempo está em tudo, em todo meio
Seja no amor, no ponto de ônibus
E antes do que há por ser feito

Medindo toda relação através da
Importância, relevância dada

Quem pouco se importa com o tempo,
Provavelmente pouco se importa com oque está por vir

E por ser absoluto, o contrário também é fato, verdade
Tão certa quanto o próprio tempo.

-Willian Carvalho




Versos Da Vida












Sejam os versos soltos no ar fresco
ou as estrofes ao sereno
Mas que sejam feitas com o sentimento

Sinergia entre as palavras,estrofes e versos
Mostrem como um todo
O valor dos desejos

A harmonia das emoções e sensações
E tudo aquilo que as reflita
Palpável ou não
Tenha parte na prosa,poesia ou cantoria

Seja a linda manhã de céu limpo
Que não passava de mais um dia
Ou a noite em que caminhava pensando em nada
e sem perceber havia entendido tudo nas entrelinhas da vida

Escreva,conte,cante

Dê vida aos versos de cada dia

-Willian Carvalho


Metas e Planos














Os melhores planos
São os que objetivam um sonho

E como todo objetivo,
Possuem metas

Porém podem ser menos relevantes
Se tiver perseverança
E bom senso para lidar
Com quem lhe deseja desânimo.


-Willian Carvalho




29 de junho de 2014

Aula de Música : Melodia, Harmonia e Ritmo

Dentro do universo musical existem três elementos fundamentais que compõem oque é entendido por música.

Esses três elementos, quando bem entendidos e respeitados, certamente proporcionarão um som bastante agradável ao ouvinte independente do conhecimento dele sobre o assunto, seja um músico profissional ou apenas alguém que escute música esporadicamente. Os elementos são melodia, harmonia e ritmo.






Melodia : Corresponde a sons que são tocados consecutivamente, ou seja, um após o outro. Sendo sons consecutivos podemos citar exemplos como :

  • A parte executada pelo cantor, a letra cantada é a melodia da música. Cada nota é cantada através das palavras uma de cada vez.
  • Um solo executado seja por um guitarrista, saxofonista, flautista etc. 

Harmonia : Corresponde a sons que são tocados simultaneamente, ou seja, tocados ao mesmo tempo. Sendo sons simultâneos podemos citar exemplos como :

  • Um acorde feito no violão, guitarra, cavaco etc. Todo acorde compõe a harmonia da música pois o acorde em sua definição é o conjunto de notas, e no caso da harmonia essas mesmas notas são tocadas simultaneamente. Essa questão de definição,formação e variação de acordes será abordada em outras postagens.
  • Quando se ouve uma banda, estamos tendo em mente a harmonia, todos os sons tocados ao mesmo tempo ainda que algum deles seja apenas uma linha melódia(a letra cantada,solo). Essa parece um pouco diferente da definição acima mas é apenas uma análise de grupo e não da parte executada por um único instrumento.

Ritmo : Corresponde a duração das notas tocadas, ao tempo em que essas notas soam, pausam e se repetem. Está claramente ligado a propriedade do som de duração abordada numa postagem passada, isso comprova como a música, por mais que seja uma arte, também está ligada a física, no caso de ondas sonoras e ressonância, resumindo, a arte está em tudo.

A partir do estudo dos ritmos foram sendo criados diferentes estilos musicais, comumente chamados de ritmos musicais, uns mais rápidos, agitados e outros mais lentos, com um certo balanço entre muitos outros.


Portanto, se você pretende começar a compôr arranjos musicais, certamente o mínimo de conhecimento desses elementos é necessário, quanto melhor entendê-los melhor será a qualidade da sua música, independente de estilo/ritmo musical.

Amor Sem Preço












Ame antes a você
Valorize o seu amor por si mesmo
Pois quem se vende a qualquer preço
Provavelmente há de se ferir

De alguma maneira, de um jeito ou de outro
O custo é sempre inesperado
Nosso amor não tem preço

O melhor custo x benefício
É aquele que preserva o respeito

Auto Valor













Nunca pense que perdeu o seu valor
Quando o outro não souber corresponder
Saiba em si acreditar, e entenda
Quanto mais facilita o seu amor para dar.
Menos o outro se esforça para receber

-Willian Carvalho

Salve

Salve aqueles que ao pensar, tornam possível nosso sonhar e por ser recíproco só há de agradecer.

26 de junho de 2014

Música Para Todos

Todos tem direito a música, a informação, a arte e usar destes atributos como forma de expressão.
É de conhecimento comum, que já há bastante tempo o termo "música comercial", ou seja, música para vender, se tornou tão presente. Obviamente a partir do momento que se tem um trabalho, independente de qual padrão artístico que o mesmo se enquadre, é desejo do autor, criador da obra, que a mesma seja divulgada e ouvida, lida, assistida, compreendida, sentida.

Todos esses pré-desejos artísticos foram compactados e usados como cobaias para oque é o chamado marketing, consequentemente depois de muitos estudos acerca da reação do público a determinados produtos musicais, gerou-se uma fantasiosa "fórmula perfeita para se ganhar dinheiro com música", até aí tudo bem, nada como ter reconhecimento pelo seu trabalho e ainda lucrar com isso, porém o problema foi que essa fórmula passou a ser quase que uma regra a ser seguida e tornou-se complicado ser produzido por alguém do ramo se o seu "som", seu rosto, sua postura não fossem como as variáveis da equação. Passou-se literalmente a se pensar em tudo antes mesmo de ser dada vida ao projeto, em vez da busca por autores com aquela sonoridade, com aquela postura, aquela visão ou aquela personalidade é mais fácil maquiar alguém com vontade de fazer isso, empacotar e enviar mundo a fora. Resumindo, ao pensarem em tudo, deixaram de lado justamente o mais importante, que era a arte, da música.

Felizmente para aqueles que não se enquadravam nos padrões comerciais ou não se contentavam em "vender-se" para as produtoras, foi aberto um espaço com o avanço da internet, e com a inclusão da mesma em lugares tão remotos quanto se poderia imaginar. Como um submundo, por uns chamados de "underground", uma realidade musical alternativa mostra que ainda existem muitos músicos bons, verdadeiros amantes da arte expressa em sons. Muitos canais online divulgam trabalhos muito interessantes nos mais variados estilos e ritmos e ainda se pode ouvir quem diga, muitas vezes músicos, que no Brasil, por exemplo não tem mais boa música, oque na verdade é um grande equívoco. Analisando pessoas com opiniões como essa, é possível enxergar que se o mesmo diz que no Brasil não há mais boa música, então sendo ele brasileiro e músico, nacionalmente o trabalho dele passa a ser de má qualidade, correto ?




Por outro lado, tenho que admitir que é decepcionante para artistas no anonimato a preocupação das rádios brasileiras com a falta de novidade de qualidade no mundo musical. A grande maioria das rádios tocam os mesmos estilos musicais, e em algumas delas é possível ouvir as mesmas músicas, todos os dias, nos mesmos horários, é algo tragicamente cômico, pois uma mídia tão antiga e importante como as rádios simplesmente não se importa com mais nada, a não ser tocar aquilo que lhe fará lucrar cada vez mais.

Diante de toda essa poluição sonora, ainda restam canais alternativos que fazem valer o verdadeiro poder da arte, que se feita com vontade, e não mecanicamente, pode vender tanto quanto qualquer enlatado que se encontre por aí. É muito fácil vender seu produto quando você "educa" o povo  à sua maneira, impondo oque é legal, da hora, da moda, mais bonito. Um exemplo de canal como esse é uma rádio da cidade de Seattle, nos Estados Unidos, chamada KEXP, onde semanalmente vários artistas que estão passando pela cidade para tocar em alguma casa de show ou evento por lá, são convidados para ir a rádio falar sobre seu trabalho, e tocar suas músicas. Tudo é gravado, transmitido ao vivo através do site, e ainda é postado em alta definição no youtube. Passam por lá desde bandas que hoje são um pouco mais conhecidas como Artic Monkeys e Alabama Shakes, como também tantas outras que jamais ouviu-se falar no Brasil, e do jeito que vai a situação por aqui, creio que demore bastante para que isso ocorra.

Apenas lembre, que se procurar, é possível encontrar, não importando seu gosto, mesmo que não vá ouvir em frequências verde e amarelas, a internet é uma ótima opção para quem se cansou do marasmo artístico repetido pela mídia que assola o mundo todo, principalmente em terras brasileiras.

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