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20 de julho de 2014

Estamos Regredindo...

Estamos Regredindo...

Qual foi a maior invenção do ser humano ? (provavelmente, ao ler esta pergunta alguns vão responder "a internet").

Estão equivocados, na verdade, a maior invenção até hoje, foi a comunicação.
Nos primórdios da humanidade, a comunicação era feita através de sinais,seja por linguagens corporais (sinais com as mãos,cabeça,olhares etc) ou até mesmo por sinais de fumaça,desenhos em pedras ou cavernas.

É fato que a humanidade sempre buscou um meio de se expressar,e numa busca incessante por este meio,surgiu a comunicação verbal,e com o passar dos anos ela foi aprimorada,surgiram os jornais,emissoras de rádio,canais de televisão,o telefone residencial,que foi um grande avanço,pois permitia manter contato com quem estava distante,até aí, o foco sempre foi na comunicação verbal,e com o surgimento do celular, ficou ainda mais fácil expressar-se oralmente,as pessoas marcavam de se encontrar,sair etc.

Lembro-me de quando era criança ouvia os adultos dizerem "vamos naquele barzinho depois do trabalho,chama fulana também..."

As pessoas viviam um intenso contato social,estavam sempre diante uma das outras para "conhecer gente  nova",não havia dúvidas,era preciso sair e "puxar assunto" com pessoas desconhecidas, e assim, surgiam novas amizades,namoros,e até casamentos.

Com a chegada da internet,um novo mundo se abriu,podemos obter notícias,assistir vídeos,ouvir músicas e até mesmo falar com pessoas de outros países,isto é ótimo não é ? Só que não...
Hoje as pessoas vivem "conectadas" em diversas redes sociais,conhecem pessoas em bate papo,ou qualquer outro meio,mas,quase sempre através da internet,eu mesmo,tenho alguns amigos virtuais.

A questão é, estamos criando uma sociedade incapaz de se socializar pessoalmente,hoje as pessoas se conhecem por redes sociais,marcam de sair por elas,até pedem pra ficar,ou até mesmo pra namorar por um aplicativo qualquer (confesso que acho ridículo,e acho pior ainda as garotas que aceitam),são incapazes de sair sozinhos e conversar com alguém na rua,olhar nos olhos então,nem pensar,conto nos dedos as pessoas que conheço que ainda não perderam a habilidade de se expressar verbalmente,de olhar alguém nos olhos e de ter "coragem" de puxar assunto com uma pessoa desconhecida.

E ainda há a questão mais grave,você vai sair com uma pessoa,e está conversando pessoalmente com ela,ela interrompe a conversa para mexer no celular,ler mensagem que chegou no Whatsapp,postagem no Facebook,e depois quase sempre fica aquele silêncio por que ela já não lembra qual era o assunto,ou pergunta "o que estávamos falando mesmo?" como se isto fosse algo normal,de repente, o celular emite um som,outra mensagem de uma das 500 redes sociais,mais uma vez,conversa interrompida para responder quem está a quilômetros de distância,e quem está diante da pessoa,acaba não tendo valor algum,você está ali,diante da pessoa,mas ela não pensa que você tem uma vida,que também possui outros amigos(as),namorada(o),que trabalha,estuda,e que mesmo assim,você escolheu estar com ela(e),mas sua presença é totalmente desvalorizada.

Estamos regredindo... valorizamos quem está distante,ignoramos quem está presente...

5 de julho de 2014

Por que ?



Quando crianças passamos uma fase em que temos o hábito de perguntar o porque de tudo. Mas com o passar do tempo, maior parte dessas crianças, um dia adolescentes, em seguida adultas param de perguntar o porque das coisas, simplesmente param de questionar.

Passam a aceitar tudo que lhe entregam de bandeja ou se acomodam diante de qualquer desculpa esfarrapada.

Conforme o dia a dia no Brasil fica mais complicado
para a maior parte da população, os jovens que fazem parte da mesma e que deveriam, compôr a presença mais ativa da sociedade simplesmente seguem sem muitos objetivos ou apenas se preocupando com o básico e dando o jeitinho brasileiro para resolver tudo, querendo que sua vida seja como a da novela, e se entretendo com qualquer tipo de entretenimento barato oferecido.

Durante as férias de Copa do Mundo, os mais importantes acontecimentos ou as preocupações mais importantes da sociedade brasileira são deixadas de lado  por parte da mídia, e ninguém se importa, talvez nem note.

A expressão "O gigante acordou" foi dormir e deu luz a "O campeão voltou", aí pergunto, se o Brasil vencer a Copa oque muda efetivamente no Brasil pra massa da sociedade ?
Se não vencer, qual o grande mal ?
Não é possível ganhar todas e tendo um pouco de bom senso dá pra perceber que esse time não convence o suficiente mesmo que ganhe a competição.

Acredite, se a situação está assim há tanto tempo certamente é porque é conveniente para alguém.

Enquanto o comodismo tomar conta, permanecerá da mesma forma. Portanto, torça sim, assista os jogos mas não esqueça das verdadeiras dificuldades do Brasil enquanto nação e não do Brasil enquanto seleção.

Se o algum jogador não joga bem, o problema é exclusivamente dele
e não afeta o resto da sociedade, mas se a educação, economia
saúde, transporte e segurança vão de ruim a muito pior certamente
afeta a todos, inclusive aquele jogador, que mesmo que tenha
condições de viver bem estará sujeito a todas as anomalias sociais
existentes por aí.

Sejamos como crianças e questionemos. Na pior das hipóteses teremos feito nossa parte, e o mínimo incômodo será feito aqueles que convenientemente ditam esse rumo absurdo o qual leva todo mundo junto.



25 de junho de 2014

Por quem os times jogam ?

    Nos últimos dias, marcados pelas festividades futebolísticas no mundo todo mas principalmente no Brasil, onde está ocorrendo a tão esperada Copa do Mundo, me vi pensando em algumas situações como a que dá título a este texto e outras mais .
    É muito comum entre os brasileiros, aparecer repentinamente uma sensação de que todos somos um só, e que todos aqueles rapazes com a bela camisa canarinho jogam tendo em suas mentes e corações a vida de cada um dos brasileiros. Não questiono a existência de emoção na competição e que o calor da torcida realmente os envolva durante uma partida, apenas atento para negligências feitas com relação a realidade brasileira antes, durante e depois de tamanho evento.
   Antes do início da Copa, era muito comum ver pessoas se manifestando contra a realização da mesma e crendo em todas as especulações vendidas pela imprensa. Recentemente tive o desprazer de, ao conversar com uma pessoa de fora do Brasil, responder a pergunta "É verdade que mataram crianças para poder realizarem a Copa no Brasil?" , quem me conhece sabe que não sou patriota, mas essa informação que ela detinha chega a ser cômica, afinal não consigo relacionar assassinato infantil de maneira organizada como aparenta ser na pergunta e a preparação para a Copa, que aconteceria de uma forma ou de outra, querer que ela não ocorresse seria como envolver-se em briga de gigantes gregos que comem os próprios filhos sendo apenas um poeta.
   As manchetes de jornal e noticiários de televisão apenas tem tratado, em grande maioria dos casos apenas de futebol, paremos um instante para pensar em semanas antes da Copa começar, estávamos acostumados a ter notícias, ainda que maquiadas e pré-moldadas para vir a público através de um jornal que não informa e sim impõe a informação com forte sensacionalismo para vencer as barreiras da autoanálise, sobre corrupção, segurança, educação e saúde pública. Por acaso todos esses setores agora seguem muito bem sem algum problema ou apenas aquecidos pelo ritmo envolvente de Copa do Mundo e admirados com nossos visitantes esquecemos de nos preocupar temporariamente com os mesmos e nem reparamos que as informações também seguiram o mesmo caminho ?
  Oque realmente uma nação inteira ganha com a vitória do time que a representa numa competição ?
  Orgulho de dizer, "Brasil venceu a Argentina na final da Copa de virada!" enquanto tenta viver com um salário mínimo dependendo do transporte público e a mercê da criminalidade e violência que se tornou tão sorrateira que cada dia seu pode ser o último ?
 Assisto os jogos, vibro em alguns dos casos com vários jogos, mas não esqueço do meu lugar dentro da sociedade, e não me permito esquecer que a vida não parou enquanto a bola rola, e que 64 anos sem   Copa do Mundo não se comparam a séculos de má administração, exploração e desigualdades absurdas.

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