28 de janeiro de 2015

Arte Convida: Entrevista com Michelle Paranhos - Ponto de Ressonância

Comprar: Ponto de Ressonância



Muito boa tarde a todos! É com imenso prazer que continuo essa semana compartilhando com vocês mais uma entrevista com uma nova autora nacional. Dessa vez Michelle Paranhos, autora de Ponto de Ressonância nos conta um pouco mais sobre ela, a publicação entre tantos outros assuntos.



Sobre a autora:



Idade: 42 anos

Cidade: Seropédica - RJ

Profissão/Ocupação: Professora aposentada com especialização na área de crianças com necessidades educacionais especiais, como dislexia e autismo. Agora também escritora.






Vamos à entrevista!

Como e quando começou sua vida como leitora?

Meu pai comprou uma coletânea de clássicos da literatura para minha irmã mais velha.Acho que foi presente de natal,já não me recordo.Eu ganhei um brinquedo-deve ter sido uma boneca- nem lembro de ter brincado com ela rsrs. Minha irmã mais velha não lê nada até hoje,e deu de bom grado todos os livros para mim;
Assim herdei quase trinta livros de uma só vez e eu tinha só seis anos!
E não eram livros infantis não. Li “Oliver twist”-chorei muito!-,e as “Odisseias“de Homero quase ao mesmo tempo que li “Ilíadas”.Eram leituras complexas, mas sempre gostei de desafios e sabe, ninguém disse que eu não conseguiria - então eu simplesmente li.
Minhas biografias preferidas são a vida de Auguste Rodin e a Madame Curie- acho que vem daí minha paixão pela pintura e a física.
Passei a paixão pela leitura para minha irmã mais nova, que também adora ler.

Quando começou a escrever? O que escrevia?

Eu escrevia redações para a escola,e o difícil era colocar meu pensamento em apenas 30 linhas-era uma tortura! rsrsr
Minha matéria preferida era literatura e biologia, e como eu fazia no antigo segundo grau curso de formação de professores à tarde, eu ficava entre o turno da manhã e da tarde ajudando o bibliotecário da escola.Era uma biblioteca pequena, mas com muitos livros bons.Só que ele adoeceu,e eu passei a ser a bibliotecária júnior, e levava minha função muito a serio,Então eu escrevia alguns sonetos inspirados em Oswald de Andrade,e Casimiro de Abreu nos cadernos da escola srsrs
Só na maturidade é que realmente passei a acreditar nisso como profissão

Há outros escritores em sua família?

Não. Infelizmente não.

Quais seus gêneros preferidos e influências literárias?

Romance, crônicas. Influência foram muitas mas cecília Meireles e Clarice Lispector, Leo Buscaglia, Lygia Bojunga

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

“A Bolsa amarela” de Lygia Bojunga- esse livro de literatura infanto juvenil marcou minha infância e  conseguiu de forma leve discutir os conflitos de uma criança.
Mas não tenho um autor preferido único- essa é uma pergunta difícil rsrs

Qual o seu ambiente preferido para ler? Com ou sem música?

O ambiente preferido é o mais silencioso possível.Eu sou bastante agitada,faço muitas coisas ao mesmo tempo e preciso me concentrar para ter uma leitura adequada ,observando bem a história e a mensagem que o autor quis transmitir.

Como foi a busca pela oportunidade de publicação?

Bem complicada.Levei dois anos para publicar.Até achar a editora que estou agora, a Autografia,e eles foram bastante gentis e fizeram um belo trabalho com este livro.Inclusive,a capa eles aceitaram usar um desenho que meu marido Gener Paggioli ilustrou para mim,compreendendo que era um pedido muito especial e que esse desenho tinha muito significado para a obra Ponto de Ressonância,porque a capa faz parte da trama.


Você teve apoio da família e amigos?

Meu apoio veio de onde menos imaginei- dos amigos da internet.Não que não tivesse recebido apoio de meus pais e familiares,mas penso que eles não acreditavam que aquele menina que adorava as aulas de literatura no colégio um dia ,depois de mãe,e já aposentada,ia querer publicar um livro!
Meu marido sempre me incentivou a escrever.Primeiro fiz um site na rede social facebook, comecei bem devagar,e surgiu a ideia desse livro.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Sempre.Inclusive ultimamente tenho lido autores muito bons,e ajuda a divulgar-com certeza a parte mais desafiadora de publicar um livro- com a revista  na qual sou colaboradora-Novos Escritores

Qual sua mensagem ou dica para novos autores que sonham em publicar seu livro?

Persistência. Você tem uma mensagem a dizer e seu objetivo é que ela atinja o maior número possível de pessoas,não é?Então ,não desista! Toda as profissões precisam de metas,objetivos claros.Sêneca,um  antigo filósofo grego,diz com propriedade:”À um navio que não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.Acredite !Tenha um objetivo e lute por ele!


Que livro de um novo autor você indicaria?

Equilíbrio- a vida não faz acordos  de Flávia Mariano


Há outro tipo de arte que você aprecie e/ou também faça?

Sou pintora de telas a óleo- minha técnica preferida.Trabalho com esculturas em Papel machê.Sou pianista clássica e estudei o equivalente ao segundo grau técnico na Escola Estadual de Música Villa - Lobos, no RJ

Você tem algum hobbie(s)?

Leio,toco flauta doce,e adoro acampar e fazer tirolesa! Sou escoteira,então meus fins de semana envolvem atividades bem interessantes, ora ativas como trilhas ecológicas,ora culturais como visitas a museus.Gosto muito de dormir em barraca sob um céu estrelado,ou fazer comida mateira na beira do rio ou cachoeira com gravetos colhidos no chão, usando técnicas de sobrevivência e respeito à natureza.

Você tem animais de estimação?

Muitos! Amo animais! Tenho gatos e cães que vivem em harmonia perfeita; foram educados assim, convivência pacífica, respeitando as diferenças, desde muito novinhos - e os maiores ensinam isso aos menores.Tanto que minha cachorrinha teve filhotes há dois meses e os gatos adultos brincam com os cãezinhos, sem ciúmes.

Qual o seu lugar preferido para escrever?

Com três filhos,não tenho um lugar preferido para escrever,tenho momentos rsrs.
Sempre que posso mantenho um caderninho e uma caneta disponível,porque nem sempre que tenho inspiração estou próxima ao meu PC. Então escrevo no ônibus em garranchos quase indecifráveis,ou em pé na fila do banco. Estou sempre atenta para coisas que eu possa usar de inspiração-uma fala solta ouvida de passagem, um objeto.

Há novos projetos nos quais esteja trabalhando no momento?

Estou trabalhando em dois livros.Um de crônicas e textos , desvendando o mundo de crianças com necessidades especiais, como elas pensam e sua forma bem particular de ver nosso estranho mundo.
O outro livro é um romance adolescente inspirado de uma forma bem interessante: fui buscar uma receita na internet, vi uma receita com um nome curioso, fui pesquisar a origem do prato; Uma coisa levou a outra e estava esboçado um romance juvenil que mistura aventura, magia e história do Brasil

Algum lugar do mundo que lhe aflore a imaginação, que gostaria de conhecer?

Fernando de Noronha porque o mar tem seus mistérios.Conhecemos o mundo,descobrimo novos planetas mas o mar nos encanta e ainda é tão pouco conhecido. Fernando de Noronha tem uma beleza encantadora,pelas fotos de amigos que já foram ou mesmo disponíveis na internet ;Mas quando eu for lá – e eu irei sim,um dia!-eu irei querer me integrar ao ambiente e ao povo local ,sem pressa. Dentro das pessoas também se esconde um universo pouco explorado.



Comprar: Ponto de Ressonância


E assim termino mais uma entrevista, espero que tenham gostado e deixo aqui abaixo todos os contatos da autora bem como qualquer página em que haja conteúdo referente ao seu trabalho e para comprar basta clicar aqui

Contatos:


Fanpage do Livro: facebook.com/Ponto-de-Ressonância/

Skoob: Skoob/Ponto-de-Ressonancia/

Email da autora: michellelouiseparanhos@gmail.com

Link para compra: Autografia/Ponto-de-Ressonância

26 de janeiro de 2015

Entrevista com LS Morgan - Desejo de Vingança



Boa tarde! Começamos essa semana trazendo uma nova entrevista com mais uma nova autora do cenário nacional, LS Morgan, de Desejos de Vingança. A autora publica seu livro através de plataformas gratuitas, a exemplo do Widbook e Wattpad.

Isso mesmo, o trabalho dela está disponível para todos, basta apenas clicar aqui e conferir.

Vamos conhecer um pouco sobre a autora e seu livro?



Sobre a autora:

Nome: LS Morgan,

Idade: 34 anos

Cidade: Nascida em Macapá - AP, atualmente vive no Rio de Janeiro.

Profissão: É advogada porém também tem formação em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e Direito pela UNESA.


Vamos à entrevista!

Como e quando começou sua vida como leitora?

Desde que eu respirei! Brincadeiras a parte... Sempre gostei de ler, mesmo quando não sabia ler. Conta meu pai que eu, ainda pequena, pegava os livros e me deitava de barriga no chão folheando-os, meus pais vendo aquela criança analfabeta com o livro e adulto na mão perguntava, “O que você está fazendo?” e eu com todo o orgulho “Lendo!”....

Quando começou a escrever? O que escrevia?

Comecei escrevendo poesias e alguns contos, depois textos aleatórios.

Você teve influências pessoais que te levaram a escrever quando começou, na sua família o de amigos?

Escrever meus pensamentos sempre foi um refúgio, uma válvula de escape. Sempre o fiz por vontade própria, sem influências.


Quais seus gêneros preferidos e influências literárias? 

Sempre gostei de ler tudo! Da bula de remédio aos romances de banca de jornal. Tem letrinhas e tem história? “Vambora ler!”. É claro que certos gêneros hoje me interessam mais que outros... Gosto de romance com conteúdo, suspense com inteligência...

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Aí complica! Amo muitos autores e tenho vários livros “xodós”... Alguns se destacam mais porque me marcaram, como O Perfume de Patrick Süskind, O retrado de Dorian Grey de Oscar Wilde, As crônicas de Narnia de C.S. Lewis, Conversando com Deus de Neale Donald Walsch... São livros que eu lembro agora que amei ler. Mas eu gosto de muito mais que isso, amo Sidney Sheldon, Agatha Christie, Saramago, Dan Brown, Anne Rice... No ramo da poesia Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Lord Byron, Charles Baudelaire...


Você pensou em publicar no Widbook de início ou pensava em tentar encontrar uma editora, algo um tanto disputado hoje em dia?

Sempre pensei em publicar gratuitamente o livro e não correr atrás de Editora alguma, pois eu precisava saber se meu livro seria bem recebido. Eu sei que o ramo editorial não somente é disputado, como as Editoras estão sobrecarregadas de manuscritos. Então decidi que iria “colocar as caras” sozinha e só então correria atrás de editora. Agora estou nessa fase, de divulgação da obra. Não é hora ainda de correr atrás de editora.

Como conheceu o Widbook e Wattpad?

Eu soube que existiam plataformas onde o autor independente poderia publicar seus livros gratuitamente disponibilizando-os para leitura, então fiz uma busca no Google e encontrei o  widbook e o wattpad.

Você teve apoio da família e amigos? 

Em relação ao meu livro? Sim, tenho. Meu marido me apoia e minha família “acha legal”. Acho que só vão levar a sério se isso realmente deixar de ser um “hobby” para virar um “negócio rentável” .


Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais? 

Alguns. Agora um pouco mais devido a estar neste meio. O Brasil tem um número enorme de autores surgindo e um público maior ainda de potencial leitores. As editoras têm que estar preparadas para isso.


Qual sua mensagem ou dica para novos autores que sonham em publicar seu livro?

Os famosos “ir”... Não desistir, persistir, insistir e acreditar em si.


Que livro de um novo autor você indicaria?

Vixe... Aí complica. Se eu citar um e não citar outro pode gerar ciúmes.. Façamos assim, eu indico que leiam tudo que faça bem, tudo que lhe traga prazer, tudo que se faça se distrair. Se jogue nos livros e não se limite!


Quais são seus hobbies? 

Ler, ver filmes e séries.

Qual o seu ambiente preferido para ler? Com ou sem música?

Para ler qualquer lugar: sofá, cama, em pé no metrô, sentada na mesa, no ponto de ônibus... Sem música.

Qual o seu lugar preferido para escrever?

Qualquer lugar... Eu prefiro sentar na mesa e escrever mas também carrego o laptop para o sofá, cama...

Você tem animais de estimação?

Meu filho tem um peixinho. Ele o chama de “Laranjinha”, eu o chamo de “Highlander”, o peixe está pra fazer 2 anos nessa casa, já passou semana sem comer e está aí, vivinho pra fazer história.

Há uma previsão de quando finalmente estará finalizado Desejo de Vingança?

Acredito que em março.


Está envolvida em novos projetos que podemos vir a conhecer no futuro? 

Tenho outros livros com bom andamento no meu computador, mas creio que vou “furar a fila” deles para poder dar continuidade ao livro DESEJO DE VINGANÇA com os outros personagens, como a história de Patrícia e Marcus e também tem a de Eduardo.





Espero que todos tenham gostado e curtido mais uma entrevista. Não deixem de conferir o trabalho da autora nos links disponíveis logo abaixo.



Contatos e Links:


Wattpad: Desejo de Vingança

Widbook: Desejo de Vingança

Facebook da Autora: LS Morgan



23 de janeiro de 2015

Arte Convida: Entrevista Paula Oliveira - Essencial



É com imenso prazer que começo essa sexta-feira trazendo mais uma entrevista para vocês. Para aqueles que gostam de um romance, apresento-vos Essencial, da autora Paula Oliveira. A jovem escritora embarcou na aventura da autopublicação e diz estar bastante satisfeita com o resultado.

Sem mais delongas vamos já conhecer mais sobre ela e seu livro, Essencial!



Nome: Paula Oliveira

Idade: 21 anos

Cidade: São Paulo - SP

Ocupação:  Atualmente dedica-se inteiramente a vida de autora enquanto almeja iniciar os estudos e carreira na área de designer gráfico

Livro: Essencial







Como e quando começou sua vida como leitora?

Minha vida como leitora começou há uns quatro anos, mais ou menos. Minha tia possuí muitos livros, e um dia quando eu estava em sua casa, gostei da capa de um deles e comecei a ler. Desde então, não parei mais.

Quando começou a escrever? O que escrevia?

Comecei a escrever há um ano e oito meses. A primeira coisa que escrevi foi um rascunho de uma ideia para um livro, que eu tinha em mente há um tempo. Essa mesma tia que me emprestou meu primeiro livro foi quem gostou do rascunho e me incentivou. Foi nele, que nasceu meu primeiro livro, o Essencial.

Você teve influências pessoais que te inspiraram a escrever quando começou, na sua família o de amigos?

Sim, essa mesma tia que citei nas outras respostas, a Cinthia Freire. Quando ela concluiu seu primeiro livro, tive inspiração para começar o meu. Meus amigos, noivo e familiares sempre me apoiaram, demonstrando sentirem orgulho do que eu faço.


Qual o seu ambiente preferido para ler? Com ou sem música? 

Um ambiente preferido é ao ar livre, com o canto dos pássaros, mas gosto de estar na minha cama. Com música e sem música, leio dos dois jeitos.

Quais são seus hobbies?

Ler, viajar e ler. Já que escrever, no momento, é minha profissão.

Você tem animais de estimação?

Sim, hoje em dia tenho apenas dois cachorros, mas já tive outros, desde periquitos a porquinhos da índia.


Quais seus gêneros preferidos e influências literárias? 

Romance. Gosto de ação e suspense, mas tem que ter romance envolvido. Carina Rissi e Samanta Holtz são duas mulheres que sei que começaram por baixo, e hoje, são essas maravilhosas escritoras. A Samanta começou como eu, independente e hoje, viaja para várias cidades com seus livros.


Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Um autor predileto, minha tia, a Cinthia Freire. Gosto de tudo que ela escreve, mas sou apaixonada por quase tudo que leio. Obra predileta em especial...O Essencial, meu livro (risos).

Você pensou em publicar de forma independente de início ou pensava em tentar encontrar uma editora, algo um tanto disputado hoje em dia?

Antes de chegar ao fim do meu livro, eu pensava em encontrar uma editora que não cobrasse, ou que não cobrasse muito. Mas minhas esperanças estavam se esgotando, juntamente com meu prazo de publicação que, mesmo sendo independente, coloquei um prazo em mente.

Como foi a publicação independente?

Eu costumo dizer, que a publicação independente não é difícil, ela é trabalhosa. Exige muita força de vontade e o escritor precisa ter certeza de que é isso que quer, pois irão aparecer muitos obstáculos, mas quando alcançamos o objetivo e conseguimos lançar, saber que tudo dependeu de você e não de uma editora, causa um prazer inexplicável. E ainda mais, saber que somos completamente donos da nossa obra, causa mais alegrias do que certos medos.


Você teve apoio da família e amigos?

Sempre. Desde o início, quando mostrei o rascunho, todos adoraram a ideia e me apoiaram, e “surtaram” comigo, quando os exemplares chegaram na minha casa.

Qual o seu lugar preferido para escrever?

No silêncio da madrugada, é meu lugar e horário preferido.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Sim, desde quando comecei a escrever, já vi muitos amigos do meu facebook, conseguirem publicar seus livros. E fico muito, muito feliz com isso.

Qual sua mensagem ou dica para novos autores que sonham em publicar seu livro?

A certeza do quer, a persistência e a coragem de encarar algo desconhecido, irão contar cem por cento nessa trajetória. Independente ou com editora, faça o que o seu coração mandar. Pense bastante e abre os olhos para tudo, desde dicas até oportunidades. Em primeiro lugar, queira divulgar sua obra, depois pense em lucros. Ah, e claro, divulgue muito, o máximo que puder. Crie páginas, grupos, sites, o que estiver ao seu alcance.


Que livro de um novo autor você indicaria?

Eu indico o livro Um Novo Amanhecer, da minha tia e nova autora Cinthia Freire. Fui a primeira a ler a obra, ainda em pdf, e afirmo ser uma história linda e muito, muito surpreendente.

Há outro tipo de arte que você aprecie e/ou também faça?

Sendo arte, aprecio quase tudo. Fotografia, música e dança, são meus preferidos, mas infelizmente não os pratico.

Para matar um pouco da curiosidade gostaria de perguntar quanto a possíveis novas obras suas, se está escrevendo ou pretende começar em breve?

Hmmm Sim... Tenho novas obras. Estou finalizando um, Jogo Proibido, tenho uma trilogia de ficção já iniciada, um livro iniciado também com uma amiga e um conto. Ou seja, de inicio, tenho mais seis histórias para serem lançadas (risos).









Ao lado uma foto do livro com os marcadores enviados juntamente pela autora. Espero que todos tenham gostado de mais uma entrevista e seguem abaixo os contatos da autora.

Contatos:


Fanpage do Livro: /livroessencial19

Facebook da Autora: /paula.oliveira.04





21 de janeiro de 2015

Entrevista com Katherine Salles - A Seguidora




Hoje trago mais uma entrevista para vocês. Dessa vez com Katherine Salles, autora de A Seguidora. Seu livro é um romance policial que foi publicado pela Editora Multifoco. Para ler uma sinopse e/ou comprar, clique aqui

Bom, vamos conhecer um pouco mais sobre a autora e sua obra!







Nome: Katherine Salles

Idade: 19 anos

Cidade: São Paulo - SP

Ocupação: Estudante de Direito

Livro: A Seguidora

Editora: Multifoco







Como e quando começou sua vida como leitora?

Minha vida como leitora começou desde que vi as letras se formando, mas o que me encantou mesmo foi um livro de poesia aos seis anos. Desde então, li de tudo, começando pela literatura brasileira clássica e indo prós clássicos britânicos, hoje estou me propondo ler contemporâneos.

Qual o seu ambiente preferido para ler? Com ou sem música? 

Leio em qualquer lugar.

Quando começou a escrever? O que escrevia?

Lembro que desde criança sonhava construir livros, sempre tive imaginação fértil. Dos onze aos treze eu desenhava croqui de moda, mas aos treze eu decidi ser escritora mesmo. Lembro que aos nove pra dez anos eu comecei a escrever uma novela e, um caderno, mas não levei adiante. Dos treze aos dezessete minha cabeça choveu de idéias, mas só as comecei a por em prática aos dezessete para os dezoito.

Você teve influências pessoais que te inspiraram a escrever quando começou, na sua família o de amigos?

Influências de pessoas lendo, mesmo, não!
Mas sempre fui, por algum motivo, cercada de livros.

Quais seus preferidos entre os temas nos diversos gêneros literários? 

Adoro livros de época, isso é fato! Os livros policiais me ganharam de um ano e pouco pra cá. Quanto aos temas, gosto dos pesados, como loucura, violência, mas devido a ressaca De escrever um livro tão forte, eu tenho preferido livros jovens e leves.

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Tenho diversos autores prediletos, mas dou um carinho especial à obra do Machado de Assis e de Jane Austen, e também a lygia Fagundes Telles


Como foi a busca pela chance de publicação?

A questão da publicação foi mais simples que o pensado .
A Multifoco foi minha segunda procura e eu fiquei entre ela e uma outra editora.


Você realizou evento de lançamento?

Lançamento formal eu não tive, mas minha família fez no natal uma surpresa que me valeu por um lançamento.

Você teve apoio da família e amigos?

Na verdade, eu só contei pra minha mãe sobre o livro quando ele estava pronto, ninguém mais sabia além de mim mesma. Na costumo falar de coisas não concluídas.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Gosto de acompanhar o que está acontecendo, afinal é o meu universo. Mas dificilmente leio algo.

Qual sua mensagem ou dica para novos autores que sonham em publicar seu livro?

A única mensagem que deixo é "Chega de literatura industrializada " entendedores entenderão. Isso serve para mim também!

Que livro de um novo autor você indicaria?

Vou indicar uma amiga muito amável e dedicada, para valorizar o nacional. Naia Liz, é uma autora de livros de época.

Há outro tipo de arte que você aprecie e/ou também faça?

Como eu disse, já desenhei. Estou querendo voltar.

Quais são seus hobbies?

Meus únicos hobbies são ler e escrever.

Qual o seu lugar preferido para escrever?

Escrevo em qualquer lugar.

Você tem animais de estimação?

Tenho sim, uma jabota que tem quase a minha idade.

Já está trabalhando em novos títulos?

Depois de A seguidora, embarquei em quatro projetos, fora contos e um poema. Mas esse atual, o quarto livro, promete!
Aguardem que irá acontecer algo muito importante e original na literatura brasileira moderna. Dou minha palavra!




Para os interessados no trabalho, segue uma foto dos brindes que acompanham o livro quando comprado diretamente com a autora.








Venda: A Seguidora

Contatos:

Fanpage: A Seguidora

Página Literária da Autora: Chá de Letra

Link de compra: multifoco/Aseguidora

18 de janeiro de 2015

Resenha de Sombras do Medo - Camila Pelegrini (Sem Spoiler)


Venda: sombras-do-medo


Hoje trago para vocês a resenha do livro Sombras do Medo, de Camila Pelegrini. Semana passada foi postada aqui minha entrevista feita com a autora e agora é a hora de conhecer um pouco mais do trabalho dela. Para aqueles que temem spoilers digo que fiquem tranquilos pois farei essa resenha sem dar spoilers do livro.

Sobre o enredo

Antes de começar a resenha vale nos localizar dentro da história, do mundo criado por Camila. Trata-se de uma distopia onde num tempo futuro o planeta sofria cada vez mais com os desastres “naturais”, de forma que isso resultou num mundo diferente do que conhecemos hoje.

O mundo como era conhecido está completamente diferente, abalado ecologicamente e com isso os homens que detinham o poder trataram de fazer uma nova divisão na sociedade, entre singulares e ordinários.

Singulares vivem onde ainda resta o pouco de recursos naturais, cercados e protegidos por muralhas. Os ordinários, por sua vez, estão do lado de fora da muralha, nas chamadas províncias e trabalham arduamente para conseguirem água e comida, e muitos deles morreram na construção das muralhas.

Enredo e Trama

Como parte da sinopse já foi citada acima vou me especificar agora apenas no que diz respeito a trama no decorrer da história. A trama é cheia de suspense e mistérios, a nova situação mundial é apenas o enredo, a base mas a trama envolve muito mais elementos.

Dentre os elementos da trama temos o suspense, mistério, um pouco de humor, romance muito bem moderado. Não pense que só porque há um casal apaixonado em uma história que o livro será algo meloso, muito pelo contrário, em Sombras do Medo, o romance principal da história ajuda bastante na evolução dos personagens, os quais serão falados mais à frente.

Para entender um pouco mais temos que entrar no que diz respeito ao desenvolvimento da trama, que é o próximo tópico.

Desenvolvimento

A trama foi muito bem desenvolvida desde o momento em que abri a página do prólogo, que já nos deixa receosos sobre o que pode acontecer, imaginando que tipo de história que virá pela frente. O prólogo é simplesmente instigante e fomenta a vontade de começar a ler, pois ele dá uma ideia geral do que está por vir nas próximas páginas.

A medida que a leitura é iniciada fui me identificando com personagens, outros por bem, outros nem tanto. Verdade seja dita há uma quantidade razoável de personagens na história, tópico que será abordado mais à frente.

Em cada capítulo, nem que seja na última frase acontece algo que nos deixa apreensivos e pensando no que está por vir. Até o mesmo o clichê foi bem explorado pela autora, afinal ele é um recurso como qualquer outro e vale lembrar que o clichê só é clichê porque funciona, e independente disso a trama é imprevisível.

Se você é do tipo de leitor que já fica imaginando diversas coisas que podem acontecer, certamente isso não mudará com Sombras do Medo, entretanto, há muitos acontecimentos imprevisíveis ou então aqueles que você até esperava que acontecessem mas não tinha total certeza, pois havia outras coisas que também imaginava que pudessem tomar lugar além de exatamente aquele ocorrido.

Para quem gosta de romance, o livro também será uma boa leitura, uma vez que ele é bem dosado e cresce durante a história, nunca ofuscando a trama principal. Os arcos da história contribuem e muito para fazer-nos identificar com o livro.

Personagens

Os personagens são bem elaborados, tem muitas dimensões e são bem verossímeis. Tem seus momentos de fraqueza, angústia, tristeza, alegria entre outras sensações que nós mesmos sentimos. Tudo isso contribuiu para a veracidade da história e tornando-a bastante coerente de acordo com a base do enredo.

Não há conflito entre as atitudes e emoções dos personagens que possam contradizer com sua posição na trama. A autora teve uma atenção especial a esse fato. Os personagens, mesmo os não principais, tem algum papel importante, nem que seja para enaltecer a relevância de um acontecimento. Não há, a meu ver, nenhum personagem que esteja excedendo a quantidade dentro do livro.

A personagem principal bem como outros que fazem parte do seu círculo mais íntimo evoluem muito com a história, tudo de forma muito sutil e não repentina. Mesmo evoluindo tanto, eles mantem a imprevisibilidade e foram algumas as vezes em que me surpreendi com a atitude de alguns deles.

Texto

Entrando agora em um âmbito mais técnico, quero falar do texto do livro que foi algo que me chamou a atenção. O nosso grande medo quando lemos algo de um autor que não conhecemos e principalmente sendo um autor estreante é já menosprezar de vez e nem pensar na possibilidade de o livro ser muito bem escrito. Temos que lembrar que até mesmo os autores mais consagrados já foram estreantes um dia.

O livro tem uma riqueza textual suave e ao mesmo tempo nítida. A autora fez um uso inteligente de figuras de linguagem, entre elas: metáforas, ironias, sinestesias, anacoluto e anáforas.
Não se engane, não pense que isso torna o livro complexo e a leitura lenta como se fosse um livro do século XVIII, quando a linguagem era bem diferente.

Muito pelo contrário, a autora usou todos esses recursos de forma bem sutil, nos momentos exatos e pessoas que nem sabem o que são nem perceberão, ou seja não influenciará negativamente a experiência de leitura, seja você um conhecedor da língua ou não.

E venhamos e convenhamos, falar que um livro é bom e não ligar para seu texto é uma contradição. Para contar uma história através da literatura é preciso se valer de recursos que auxiliem a gerar a empatia que desejamos despertar no leitor.

Há quem desconhece esses recursos mas até mesmo esses estão sujeitos aos efeitos de um texto de qualidade. Como já foi citado anteriormente, a leitura é muito fluída, objetiva e não há palavras usadas para ocupar espaço ou “encher linguiça”.

As descrições são precisas, não longas e cansativas de forma que permitem que nossa imaginação aflore mais livremente dentro das informações dadas.

Estrutura

Toda história requer muita atenção antes e durante o processo de criação para que não haja furos, não só dentro da trama mas dentro da própria base do enredo, da realidade criada pelo autor. Além da coerência dos personagens com a trama e suas emoções e atitudes é preciso haver coerência com a realidade em que se encontram.

No caso de uma distopia, como de Sombras do Medo, é necessário ter informações suficientes e de forma bem sólida e consistente em mente, para que quando perguntas como: “Como é o mundo agora?” “O que há e o que mudou?”, possam ser respondidas rapidamente e quase que logicamente a medida que segue-se na leitura.

A impressão que me dá é que a autora tem uma boa inclinação para escrever roteiros, de forma que me parece que ela escreveu toda a história e depois organizou os fatos em capítulos, curtos e objetivos, para melhorar o suspense e o mistério da trama.

Como já citado anteriormente, em todos os capítulos há um acontecimento importante que faz a trama progredir, os arcos vão ficando cada vez mais intrigantes e todos são respondidos no momento certo.

A meu ver a autora teve uma frieza literária que aliada à técnica textual e de contar história que, no meu ponto de vista, deixaram a estrutura do livro perfeita. Após o texto, a estrutura do enredo e a relação do mesmo com a trama foi o que mais me instigou a continuar lendo.

Portanto, a história é muito bem estruturada, solta suas explicações no tempo certo e alimenta o mistério e o suspense de forma sutil. Fique tranquilo que você saberá “quem”, “quando”, “como” e “onde” até o final do livro, não reclame antes de acabar.

Não há nada no livro que tenha acontecido e não tenha relevância para o desenvolvimento da trama por menor que seja essa relevância.

Conclusão

Se você gosta de suspense, mistério, algo mais romântico, humor ou apenas procura um bom livro para ler, com toda minha confiança recomendo Sombras do Medo. Eu terminei de ler o livro em um dia, comecei e simplesmente não consegui parar de ler. Mesmo o livro não sendo enorme, não quer dizer que seria fácil de ler afinal a quantidade de páginas não tem parte no que diz respeito à qualidade e fluidez da leitura.

A autora tocou num ponto muito falado atualmente e muito polêmico que é a questão ambiental, porém a trama não se resume a isso. No início pensamos que a questão ambiental tivesse sido o estopim mas à medida que seguimos na trama vemos que há outras mensagens passadas que nos fazem ver que a questão ambiental era só a ponta do iceberg dentro da moral da história.

Comum nas distopias é a alusão, analogia, uma metáfora sádica à nossa sociedade atual, e Sombras do Medo não deixa a desejar nisso e realmente me fez pensar em várias coisas que nós, seres humanos, fazemos sem perceber e depois choramos e lamentamos pelas consequências de nossos próprios atos.

A mensagem e a moral da história são muito bonitas e universais, é um livro que qualquer um pode se identificar. Apesar de ser escrito por uma brasileira, é uma mensagem para todos que habitam nosso querido planeta.

Recomento confiantemente a leitura!


Entrevista com a autoraclique aqui

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14 de janeiro de 2015

Entrevista com Camila Pelegrini - Sombras do Medo



É com grande honra que sigo essa semana conduzindo mais uma entrevista, dessa vez com a jovem bela escritora Camila Pelegrini, autora de Sombras do Medo, um livro que me chamou a atenção logo em seu prólogo e primeiro capítulo, os quais podem ser acessados gratuitamente pela página do livro no facebook ou clicando aqui

Foi muito legal conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Camila como também a própria e agora é hora de compartilhar com vocês esse novo nome da literatura nacional.



Sobre a Autora:


Camila Pelegrini tem 21 anos, nascida na cidade de Mogi Morim porém atualmente sua rotina dividi-se entre Santos e Mogi Guaçu, por conta dos trabalhos como Técnica Judiciária e professora de inglês e também o curso de Direito

O livro foi lançado no mês passado(dezembro) pela Editora Garcia Edizioni e já está disponível para venda no site da editora, basta apenas clicar aqui.






Como e quando começou a ser uma leitora, amante de literatura?

A primeira lembrança que eu tenho com livros remonta aos meus 6 anos. Minha mãe comprou um box (rs) com livros como O Rei Leão, Bambi, etc. Li todos inúmeras vezes e acho que nunca mais parei. As visitas semanais à biblioteca na escola sempre foram meus passeios favoritos.

Qual o seu ambiente preferido para ler? Com ou sem música? 

Meu ambiente preferido é um lugar fresco, mas leio em todo lugar, com ou sem música, com ou sem barulho, deitada ou em pé (Rs).

Quando começou a sua vida como escritora? O que escrevia?

Sempre escrevi textos acadêmicos, nunca ficção. Até que em 2013 tive a ideia do Sombras e decidi arriscar. Ainda bem que o fiz, porque me encontrei.

Qual o seu lugar preferido para escrever?

Gosto de escrever deitada no sofá da minha sala de madrugada, com os meus cachorros do lado (rs).

Quais são seus hobbies?

Ler, brincar com meus cachorros, assistir séries e ler de novo.

Há outro tipo de arte que você aprecie e/ou também faça?

Sou apaixonada por música, dança, cinema e teatro. Faço ballet e estou tentando aprender a tocar teclado, mas está indo bem devagar (Rs).

Há escritores ou pessoas com ligação à literatura na sua família de forma que possam ter influenciado isso na sua vida?

Infelizmente não.

Quais seus gêneros preferidos e influências literárias? 

Atualmente meu gênero literário favorito é ficção. Gosto muito de fantasias que envolvam algo mais profundo. Talvez por isso mesmo goste tanto de distopias e tenha decidido escrever uma. Quanto a influências... acho que tudo o que li até hoje contribuiu para a minha maneira de escrever.

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Meus autores favoritos são Machado de Assis, Jorge Amado, J.K. Rowling, Eduardo Spohr, mas minhas obras prediletas são Pollyana e O Pequeno Príncipe.

Como foi a busca pela chance de publicação?

A busca pela chance de publicação começou com muita pesquisa e um certo frio na barriga. Para começar, fiz uma lista das editoras que publicavam o gênero do Sombras e das que aceitavam manuscritos de novos autores. Comecei enviando para as que aceitavam a obra por e-mail e sem o registro pronto na Biblioteca Nacional. De posse dessa lista, um colega escritor recomendou a Garcia e eu tentei, sendo aprovada (Graças a Deus). Comparei a proposta deles com outras que também havia recebido e gostei mais. Até agora, posso dizer que foi uma ótima escolha.

O Gazeta Guaçuana publicou uma matéria sobre a publicação de Sombras do Medo, como foi isso?

Fiz o evento de lançamento do Sombras na livraria Nobel da minha cidade e a jornalista da Gazeta viu fotos e se interessou. Pelo que me contou, entrou em contato com o shopping e com a livraria, mas acabou me encontrando pelo facebook. Fez o convite e realizamos a entrevista, que foi muito bacana.

Você teve apoio de amigos e familiares? 

Muito. Costumo dizer que o Sombras é tão meu quanto de certos amigos e familiares. Eles apoiaram a ideia, compraram o livro, divulgaram, ajudaram em tudo o que podiam e mais ainda. Essas pessoas têm sido incríveis e devo grande parte de tudo o que está acontecendo a eles.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Acompanho sim. Já lia livros nacionais, mas agora estou mais antenada nisso. Sempre que vejo alguma divulgação no facebook, por exemplo, adiciono a pessoa, curto a página do livro e aguardo a oportunidade de comprar e ler.

Que livro de um novo autor você indicaria?

A Comissão Chapeleira da Renata Ventura.

Você já está trabalhando em obras novas?

Estou escrevendo outros dois, uma fantasia medieval e um drama, ambos muito especiais, mas sem nenhuma relação com o Sombras do Medo.

Que mensagem ou dica você tem para novos autores que sonham em publicar seu livro?

Leia muito!!!  Rs. É um conselho genérico, mas que ajuda demais. Ler é a base de uma boa escrita, de uma formulação concisa das ideias. Além disso, escreva, leia e releia a sua obra, pois sempre há algo que pode ser melhorado. Pedir para que outras pessoas leiam o seu livro também é bacana, porque a sua opinião acaba ficando viciada e quem está de fora pode ser mais imparcial e crítico. E na hora de publicar, procure editoras que tenham publicações no segmento que você escreve e que apoiem o novo autor. E ah, não desista.  É o tipo de sonho complicado (infelizmente!) no nosso país, mas que pode ser alcançado com bastante esforço e dedicação.




Link para compra:garciaedizioni.com.br/sombras-do-medo


Sobre o livro:

Em um futuro pós destruição em massa, provocada pelas guerras humanas e desastres naturais - para os quais os humanos também contribuíram grandemente - o mundo é dividido em 5 grandes regiões. Em cada uma delas vivem ordinários e singulares, pessoas com ambições completamente diferentes. Estes dominam o mundo. Aqueles tentam tão somente sobreviver.

E ao viverem dessa forma, a bondade beira a extinção. O caos reina em seu lugar, despertando forças malignas que há muito esperam para serem alimentadas.

A maior guerra de todos os tempos finalmente começa e a humanidade já se encontra em desvantagem. E em meio a tanto ódio e destruição, será o amor capaz de afastar as Sombras do Medo?


Skoob: skoob.com.br/livros/sombras-do-medo

Fanpage: facebook.com/pages/Sombras-do-Medo

12 de janeiro de 2015

Entrevista com Francélia Pereira - Série Habitantes do Cosmos




Começamos essa semana com uma entrevista com Francélia Pereira, autora da série Habitantes do Cosmos. O segundo livro da série, Artemísia, já está disponível para pré-venda no site da Editora Buriti. Francélia é uma jovem estudante de Letras de 37 anos, nascida e criada em Belo Horizonte.

Tive a honra de bater um papo com ela sobre como foi a publicação bem como a literatura surgiu na sua vida. Confira como foi nossa conversa agora:



Como e quando começou a ser uma leitora, consumidora de literatura?

Desde a infância. Quando eu era criança, já com uns sete anos, a Escola em que eu

estudava, que era Estadual, já tinha um programa de incentivo a leitura, que funcionava.

Lembro que fiquei super feliz quando fiz minha primeira carteirinha na biblioteca da

Escola, e eu adorava ficar lá escolhendo os livros que ia levar pra casa.

Quando começou a sua vida como escritora? O que escrevia?

Bem, se você perguntar para os meus amigos da adolescência, vão dizer que sempre

escrevi; pois nessa fase já me arriscava nos poemas de “amor”, rs. Mas foi uma fase

mais amadora. Considero que comecei mesmo ao final de 2011; meus poemas já

estavam mais elaborados, e depois vieram os contos. Meu primeiro romance foi escrito

no início de 2014.

Há escritores ou pessoas com ligação à literatura na sua família de forma que
possam ter influenciado isso na sua vida?

Não que seja do meu conhecimento. Sou de uma família muito simples. Eu é que tenho

influenciado minhas sobrinhas pequenas, que sempre me pedem para ler ou contar

histórias para elas. Já me “exigiram” até que eu criasse um livro em que elas fossem as

personagens principais... rs.

Quais seus gêneros preferidos e influências literárias? 

Gosto muito dos textos antigos, quanto mais antigos melhor. Adoro pegar um livro em

que o “cheiro” do tempo esteja impregnado; aqueles com páginas beeeem amarelas.

Gosto muito dos gregos, principalmente Homero e Hesíodo; mas também gosto dos

latinos, como Ovídio.

Citando outros autores, sou fã do trabalho do Franz Kafka, amo as obras do Aldous

Huxley – amo muito mesmo... rs – , Paulo Leminsky, Clarice Lispector, Alan Moore,

Daniel Munduruku, Kaká Werá Jecupé, Hermes Leal... A lista é bem grande, mas

acredito que já da pra ter uma ideia do tipo de leitura que me prende, né!

Algum autor/autora ou até mesmo uma obra predileta?

Minha obra predileta... Na verdade são duas.  A terra dos mil povos, do Kaká Werá; e A

Ilha, de Aldous Huxley.

Além da literatura, tem apreço por outro tipo de arte?

Todo tipo de arte me interessa. Acredito que todo artista “bebe” da mesma fonte; o que

muda é a forma como cada um expressa isso. Desde que seja de fato um trabalho

artístico, não discrimino nenhuma forma de expressão, todos são válidos e tem o mesmo

impacto, que é ser compreendido pela “alma”.

Como foi a busca pela chance de publicação?

No caso do Artemísia, foi bem tranquilo. Essa obra é especial pra mim. Comecei

postando em um blog, umas três vezes por semana; e quando comecei, a história não

estava completa. Quando percebi que havia leitores que estavam acompanhando o

desenrolar das aventuras da personagem, comecei a ter receio de não conseguir concluir

a história. Mas foi como “psicografar”, rs. A história foi acontecendo sozinha, e não foi

difícil concluí-la.

Durante esse processo, uns amigos começaram a me incentivar a publicar a obra,

mesmo que de forma independente; foi quando um grande amigo me indicou o site

Clube de Autores, que eu já havia conhecido há uns anos atrás, mas na época não tinha

nada para publicar, então havia me esquecido totalmente dele.

O livro ficou por lá pouco tempo, e alguns exemplares foram vendidos, mas logo tive

que retirar a obra, pois a Editora Buriti havia demonstrado interesse em publicá-la.

Como foi a publicação?

O processo todo foi bem amigável e bem tranquilo. Tudo fluiu de forma natural. Agora

o livro já está na pré-venda no site da Editora.

Você teve apoio de amigos e familiares? 

Com certeza. Sem minha família eu não teria esse tempo que tive para me dedicar aos

estudos e à produção dos livros. E meus amigos são maravilhosos, sempre me

incentivando e dando bastante apoio.

Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?

Acompanho sim. Principalmente depois que criei perfil nas redes Widbook e Wattpad;

sempre dou uma olhada nos trabalhos dos colegas, rs. E tem muitos trabalhos bons

nessas redes.

Qual mensagem ou dica você tem para novos autores que sonham em publicar seu
livro?

Minha dica é; se você tem um trabalho e acredita nele, nunca desista, se o seu trabalho

for sincero, com certeza ele será reconhecido, mesmo que demore um pouco. E nunca

pense que a falta de dinheiro possa impedir um bom trabalho de chegar a seus leitores;

se você tem uma mensagem que precisa ser ouvida, com certeza ela será.

Que livro de um novo autor você indicaria?

Minha indicação é um poeta, bem ao estilo Leminsk; o livro é Sumo de Ranço, o autor

é Fred Caju. Segue uma amostra:

ANTES MEMÓRIA QUE MATÉRIA

É dos teus olhos pra dentro

que sinto meu alumbramento.

São tantas marcas de tempo

em teu corpo envelhecendo.

Tua carne cada vez menos,

mas internamente incêndio.

Teu charme é mais intenso

sem a matéria que lembro.

O que tens em pensamento

é o encanto ao qual me rendo.


Espero realmente que todos tenham gostado não só de conhecer um pouco mais sobre essa nova autora bem como sua própria obra. Em breve teremos ainda mais entrevistas com o objetivo de divulgar e disseminar ainda mais a arte através da literatura.


Pré-venda de Habitantes do Cosmos: Artemísia

http://editoraburiti.com.br/habitantes-do-cosmos-artemisia/


Contatos da autora:

Wattpad:

http://www.wattpad.com/user/FrancliaPereira

Widbook:

http://www.widbook.com/profile/francelia-pereira-1375

Facebook:

https://www.facebook.com/franceliapereiraescritora

Blog:

https://franceliapereira.wordpress.com/

Habitantes do Cosmos:

https://www.facebook.com/pages/Habitantes-do-Cosmos/889743467702960?fref=ts

Habitantes do Cosmos: Artemísia

https://www.facebook.com/habitantesdocosmosartemisia?pnref=story

7 de janeiro de 2015

Coisas de uma infância já esquecida

Juquinha tinha acabado de completar os seus dez anos de idade há pouco mais de uma semana e sua curiosidade sobre tudo já alcançava os níveis da de um adolescente refém dos desejos do mundo. Perguntava sobre tudo, sobre o que via na televisão, sobre o que ouvia por aí, queria saber sobre o passado, como as coisas haviam chegado a ser como são e também o que podem vir a ser no futuro.

Quando jogando vídeo game na casa de seu melhor amigo, Renan, cuja mãe é uma professora de história, foi acometido pela sensação das infinitas possibilidades que aguardavam no futuro. A mãe de seu amigo sempre preparava um ótimo lanche para eles no fim da tarde, era a única coisa que poderia fazer para tirar os dois da frente daquele jogo.

Juquinha jamais esqueceria daquela sensação, um mundo inteiro bem na sua frente, sem fronteiras. Sempre se concentra bastante quando a mãe de Renan começa a contar as mais aventuradas e divertidas histórias. Dessa vez havia sido a de um jovem rapaz de apenas 14 anos que se tornou imperador, Pedro II, havia gravado bem o nome. Segundo o que contara a mãe de seu amigo, a maioridade do jovem rapaz fora antecipada na tentativa de combater de forma mais rápida e eficaz uma crise que tomava conta do Império.

Juquinha ficou recontando a história em sua cabeça em todo o caminho de volta para casa. Quando entrou na sala não esperou muito e já foi logo de encontro ao seu pai — Um senhor por volta dos seus cinquenta anos, já cansado do marasmo diário: levantar, tomar banho, contar o dinheiro da passagem, trabalhar, voltar para casa e recomeçar tudo de novo no dia seguinte.

— Pai, a mãe do Renan, falou que Dom Pedro II virou imperador com 14 anos, então quer dizer que com 14 anos eu posso ser o que eu quiser?

— Você quer ser imperador Juca? — Perguntara o pai enquanto passava os canais da televisão aleatoriamente, era como se não mudasse o canal, a programação era a mesma.

— Claro que não, né pai! Eu sei que não existem mais imperadores hoje em dia mas eu posso ser outra coisa, alguém muito importante, certo? — Perguntara com o que restava-lhe de inocência.

Noticiário vai e vem e nada muda, o pai de Juquinha arfando desliga a televisão e responde ao filho:

— Aqui meu filho, com 14 anos você pode fazer o que quiser.



- Willian Carvalho

Paradoxo Literário Nacional

A internet se tornou um excelente meio social, de forma que hoje em dia cada vez mais pessoas conhecem outras pessoas na rede. Tudo acontece de forma bem democrática nesse contato virtual. Além das já conhecidas redes sociais existem também as famosas salas de bate papo, estas divididas por temas.

Há realmente de tudo: idades, Estados, países, gostos musicais, gostos literários e claro que não é possível esquecer dos gostos de sexo. A internet se tornou tão presente que o sexo virtual não é nem mais considerado um fetiche ou alguma fantasia e tem uma categoria sua, completamente isenta das outras.

Em um desses dias em que mesmo tendo o que se fazer acabamos por querer falar com alguém diferente, conhecer alguém novo acabei acessando uma sala de bate papo para supostos amantes da literatura.

Logo, acabei iniciando um papo com uma moça cuja auto alcunha de Jane Austen chamara-me a atenção, apesar de eu não ser um leitor das obras da autora original. Enfim, passadas as apresentações iniciais que nunca mudam como “Oi, tudo bem? De que Estado você é?” finalmente começamos a realmente a falar sobre literatura.

— Ah... eu leio um pouco de tudo. Adoro romances, de fantasia fantástica, passando por ficção científica até uma bela e linda história de amor. — Me dissera inferindo bastante versatilidade quanto ao que eu estava pensando sobre ela.

— Muito legal, eu também gosto de ler um pouco de tudo, cada tema e gênero têm suas particularidades mas ambos podem transmitir uma ótima mensagem de forma eficiente e igualitária. — Respondi tentando ser condizente com a situação.

Quando perguntada sobre os títulos que mais gostou ela respondeu:

— Dos clássicos, gosto muito dos livros da Austen, como pode imaginar pelo meu nick rsrs. Também gosto muito de fantasia como Harry Potter, Senhor dos Anéis, Crônicas do Gelo e Fogo. E tenho lido alguns autores novos que aparecem por aí tipo o Green.

Não sei dizer o que senti quando não vi nem sequer um título nacional em sua breve lista de queridos livros. Minha curiosidade não se aguentou e acabou questionando sobre tal ausência da literatura canarinha.

— Ah! Os autores nacionais são muito chatos, tão cheios de regras, falam tudo de maneira tão complexa e formal. As histórias são muito bobas e inocentes, já não gostava delas desde a época da escola. — Respondeu ela dessa forma direta e incisiva.

Fui tomado por uma outra sensação desagradável. Como é possível alguém não gostar de nada que venha de onde ela mesma vem? Me peguei pensando antes de continuar falando com ela, deixando apenas uma letra solta na barra de mensagens para que ela pensasse que estou escrevendo ainda e não a ignorando.

Concordo em partes que alguns autores nacionais são bem complexos e formais, mas a literatura nacional não morreu no início do século XX, muito pelo contrário foi exatamente nessa época que todo esse formalismo foi quebrado com nomes como Guimarães Rosa, Lima Barreto e a senhorita Lispector, que frequentemente tem suas frases compartilhadas em “tirinhas” pelas mesmas pessoas que falam mal da literatura nacional.

Como já pode imaginar se eu falasse isso, provavelmente ela não me responderia e eu estava bem curioso para saber a cor de seus olhos, se é que me entendem. Logo, acabei mudando de estratégia e pensei em saber mais sobre ela e não exatamente sobre o que ela gosta.

Em uma manobra evasiva quanto ao que tinha acabado de me responder eu mudei o assunto para o que ela faz da vida, se estuda, trabalha ou também se não faz nada. (Haja tempo para Tolkien e Martin).

Ela respondeu:

— Eu sou escritora.



- Willian Carvaho.

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