Hoje temos uma entrevista com uma autora de um livro de contos, a primeira do gênero entrevistada aqui. Assiz de Andrade é o pseudônimo de Rejane Marques, autora do livro Olhar em Negativo: Contos de um Instante, publicado pela Editora Ficções.
Fiquem conosco e vamos conhecer um pouco mais sobre ela e seu trabalho?
Sobre a autora
Pseudônimo: Assiz de Andrade
Nome: Rejane Marques
Idade: 27 anos
Cidade: Rio de Janeiro, RJ
Formação: Jornalismo
Profissão: Escritora
Como e quando começou a ler gostar de literatura?
Desde a infância, por causa das leituras indicadas pela escola. Assim fui descobrindo nossos autores e, depois por conta própria, autores de outros países.Qual seu lugar preferido para ler?
Na cama, antes de dormir ou assim que acordo.Quando iniciou a sua vida como escritora? O que escrevia?
Comecei escrevendo poesia, na adolescência, até desenvolver a prosa a partir das mesmas poesias. Eu as estendia, dava continuidade aos versos e alterava o formado, transformando em contos.Há escritores ou pessoas com ligação à literatura na sua família de forma que possam ter influenciado isso na sua vida?
Não, apenas leitores.Tem algum lugar/momento preferido para escrever?
Assim que acordo. É quando estou mais disposta e tenha mais facilidade para escrever.Quais seus gêneros preferidos e influências literárias?
Os romances clássicos da literatura brasileira e mundial. Os contos de Rubem Fonseca e Nelson Rodrigues. As crônicas de Clarice Lispector. E alguns teóricos da filosofia, sociologia e comunicação.Minhas influências vêm desses grandes autores, teóricos e estudiosos.
Os principais são: Machado de Assis, Clarice Lispector, Rubem Fonseca, João Ubaldo, Chico Buarque, Dostoievski , Oscar Wilde, Balzac. A poesia de Calos Drumonnd, Mario Quintana, Waly Salomão. E os teóricos, Nietzsche, Bauman, McLuhan e Shoppenhouer, entre outros autores.
Quais seus autores/obras prediletas?
Os autores foram citados acima, as obras que mais me influenciaram foram: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, A Hora da Estrela, Viva o Povo Brasileiro, O Retrato de Dorian Gray, Crime e Castigo, Ilusões Perdidas, Madame Bovary.E os livros teóricos, Os Meios de Comunicação Como Extensão do Homem, O Anticristo, Crepúsculo dos Ídolos, Além do Bem e do Mal, Amor Líquido, Vida em Fragmentos, Do Ofício do Escritor, entre outros.
Como foi a busca pela chance de publicação?
Eu mandei os originais do livro para muitas editoras, algumas me responderam. Dentre as propostas, a que mais pareceu se manter aberta ao formato que eu pretendia para o livro, com ilustrações e subdivisões de acordo com o tema de cada conto, foi a Ficções. E o que também me fez optar por ela foi a capacidade de distribuição que a editora oferece.Você fez evento de lançamento? Como foi?
Ainda não. E não sei se vou fazer.Você teve apoio de amigos e familiares?
Sim, sempre me apoiaram.
Você acompanha o surgimento de novos autores nacionais?
Eu procuro estar lendo, principalmente na internet, publicações de autores que não conheço, sejam novos ou não, e quando o estilo me chama a atenção, eu acompanho suas publicações, online e impressas.Qual mensagem ou dica você tem para novos autores que sonham em publicar seu livro?
Sejam extremamente autocríticos e acreditem no tempo e na capacidade de evolução constante que ele oferece à nossa escrita. Eu procuro nunca publicar nada de 'bate-pronto', logo depois que escrevo, por mais que eu tenha gostado do resultado. Aprendi que, para o autor, a primeira impressão pode ser muito traiçoeira. Então, sempre edito pelo menos três vezes tudo o que crio, dando um intervalo de alguns dias entre uma edição e outra. E sempre me impressiono como cada nova edição torna o textomelhor, por mais que já esteja bom.
Que novo autor você nos indicaria?
Eu gosto muito da poesia do Fagner Gabriel, um poeta de São Gonçalo. Conheci o trabalho dele através de uma antologia e passei a companhar suas publicações. Infelizmente seu livro de crônicas ainda está sendo editado, então não vou poder indicar um título específico. Porém, fica o nome do poeta.Página do Fagner: https://www.facebook.com/fagner.gabriel.18
Fanpage do Livro: http://OlharEmNegativo.blogspot.com
A música de alguma forma influencia no que você escreve, se fazendo presente de algum jeito?
Sim, desde o princípio. Pois quando escrevo poesia, as faço em comunhão com uma melodia. Por mais que não venham a se transformar em música, e meus contos partem de uma base poética.A prosa, por sua vez, vem sempre da extensão do conto. Quando eu percebo que aquele personagem e enredo poderiam render um bom romance.
Quais seus hobbies?
Escrever, ler, ouvir música, tocar violão, desenhar, correr, sair à noite, mesmo que não seja para fazer nada.Se pudesse escolher um lugar do mundo inteiro para passar um tempo, que lugar escolheria? Por quê?
Quando penso em cada cidade que tenho vontade de conhecer, sempre me imagino morando nela, mesmo que por um curto período; mas nunca a visitando apenas a passeio. Pois acredito que visitar alguns pontos turísticos e passar alguns dias não são suficientes para que conheçamos realmente o ritmo da cidade e a forma como a vida se desenvolve nela.Entre os lugares que escolheria estão Vancouver, pela beleza natural e o clima, frio. Londres, pela carga cultural que a cidade oferece e Lisboa, pelo mesmo motivo que gostaria de conhecer Londres.
Você tem animais de estimação?
Sim, tenho cinco gatas, amo cada uma delas e não consigo me imaginar vivendo sem tê-las por perto.Tem trabalhado em novos projetos?
Sim. Dois romances e um livro de poesias. Os dois primeiros se intitulam O Caçador de Impressões e O Teatro das Manifestações. E o livro de poesias, Aqui Estão! Amores, Temores, Delírios. Todos estão em processo de edição. Além disso, continuo publicando contos e crônicas no blog O Avesso do Espelho (redutonegativo.blogspot.com) e na página do facebook (fb.com/AssizdeAndrade)Contatos
Página do Livro: Olhar em NegativoFacebook da autora: Assiz de Andrade
Sinopse
O livro de contos, ilustrado, publicado pela Editora Ficções apresenta a narrativa de momentos críticos, que descortinam um novo olhar sobre a realidade a partir de compreensões íntimas. Fazendo nascer nos personagens uma nova interpretação do entorno, dos próprios sentimentos e da percepção de si mesmo.
Com um olhar voltado para combustão emocional e envolvendo temas e contextos passíveis de serem vivenciados por indivíduos pós-modernos, é promovido um mergulho em instantes de ansiedade, tensão, tristeza, indecisão, embriaguez, frustração, entre outras sensações que provocam no ser o choque trazido pelo desequilíbrio emocional ou pelo instante de esclarecimento.
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